back with more books

Depois de algumas semanas sem dar as caras aqui no blog, hoje deu vontade (e tempo) de escrever um pouquinho aqui, já estava com saudades!

Vou começar por um assunto um tanto quanto atrasado, mas que não pode passar em branco: a 23ª Bienal do Livro de São Paulo.


Se numa livraria eu já enlouqueço, vocês imaginam o que acontece comigo em uma Bienal! Fui no primeiro sábado, dia 23 de agosto, toda feliz e contente, sem a menor ideia da loucura que eu iria encontrar lá. Confesso que fui um pouco ingênua, mas juro que quando cheguei me perguntei "meu deus do céu, da onde saiu tanta gente que gosta de ler?". Por um lado é claro que essa é uma surpresa boa, fiquei realmente surpresa com a quantidade de pessoas - em sua maioria adolescentes - que estavam lá no evento prestigiando esse veículo que eu tanto amo. Por outro lado, parecia que a organização do evento estava tão surpresa quanto eu, tamanha era a desorganização.

Logo na entrada já dava pra ver uma prévia do que estaria dentro do galpão. Filas múltiplas que davam no mesmo lugar, sem a sinalização apropriada pra melhorar a logística na entrada do evento. Eu entrei e logo fui pro fundo do evento, afim de escapar da multidão que já ia ficando pelos primeiros stands. Até aí tudo bem, até eu querer comprar um livro pagando com cartão de crédito. Sério, só com reza brava o 3G funcionava nas máquinas de cartão (imagine centenas de máquinas competindo com milhares de celulares por míseras barrinhas em seu sinal), o que inviabilizou muitas compras e criou filas gigantescas na praça de alimentação. Eu sei que isso não é culpa da organização do evento, mas foi um infortúnio que prejudicou tanto clientes como editoras. Eu ainda tive sorte, as máquinas de cartão estavam me amando e não falharam uma só vez quando pedi pra tentarem passar (mentira, na hora do almoço fiquei 25 minutos tentando passar o cartão). Eu sei, mais uma vez fui ingênua em não ter levado dinheiro vivo. Mas é que eu evito ao máximo ficar andando com dinheiro, principalmente em aglomerações como essa (e não é nóia minhas, roubaram o celular de uma amiga lá).

Mas o pior momento do rolê foi quando eu inventei de ir no stand da Intrínseca. Eu não sei quem é que escolhe a localização dos stands, mas os stands das 4 editoras mais procuradas estavam um ao lado do outro, formando uma área praticamente intransitável da feira. Conclusão? Não fui no da Intrínseca, nem o da Leya, nem no da Rocco (que segundo meu amigo estava mais cheio que o show do Foo Fighters no Lollapalooza) e nem no da Nova Conceito. Uma pena mesmo, essa foi uma das coisas que me deixou de bode.

Mas tudo bem, no final deu tudo certo, depois de muita caminhada, empurra-empurra, fila e paciência. E é claro que achei muitas obras legais com preços realmente diferenciados.

Os primeiros que comprei foram no stand da Geração Editorial. Era um stand menor, com menos títulos, mas com obras interessantes e preços excelentes. Nesse comprei 2 títulos:

  • Darwin: A vida de um evolucionista atormentado de Adrian Desmond & James Moore (Geração Editorial, 6ª edição, 2009, 797 página) por R$37,00
  • A Arte da Guerra: os treze capítulos originais de Sun Tzu (Jardim dos Livros, 2014, 131 páginas) por R$5,90

E depois como eu já estava estressada, só parei em um último stand pra comprar mais livros porque todos os títulos estavam R$10,00. E pacientemente eu garimpei pilhas e pilhas de livros até achar obras interessantes, e em seguida encarei 1 hora de fila pra passar no caixa.

  • Hotel Íris de Yoko Ogawa (Leya, 2011, 208 páginas)
  • Minha Vida de Stripper de Diablo Cody (Nova Fronteira, 2008, 212 páginas)
  • King Kong de Delos W. Lovelace (Ediouro, 2005, 184 páginas)
  • O Mágico de Oz de L. Frank Baum (Leya, 2011, 192 páginas)
  • Em Favor da Dúvida de Peter Berger & Anton Zijderveld (Elsevier, 2012, 171 páginas)


Resumo da ópera: me arrependi de ter ido? Ainda não sei a resposta pra essa pergunta. Vou na próxima? Só se for durante a semana. E além de tudo agora eu ainda devo pro meu namorado uma ida a algum evento relacionado a vídeo game sem direto a reclamações!

E como sai meio frustrada por não ter conseguido ver tudo, na semana seguinte passei numa Fnac numa manhã de sábado e fiquei mais de uma hora olhando tranquilamente os livros, apreciando a paz que eles me trazem pra deixar pra trás a sensação de 25 de março em véspera de Natal que permeou a minha ida a Bienal. E como eu não me seguro, ainda comprei alguns livritos más:

  • O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry (Agir, 2009, 93 páginas)
  • Sex And The City de Candace Bushnell (BestBolso, 2008, 293 páginas)
  • Destrua Esse Diário de Keri Smith (Intrínseca, 2013, 224 páginas)]


E é assim que mais uma vez eu me proíbo de comprar livros até que haja uma baixa significativa na pilha de "não lidos". E a leitura até que está fluindo, já li 2 das obras relacionadas no post! Essa semana ainda posto as resenhas aqui.


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